quinta-feira, 22 de setembro de 2011

JORNALISTAS DISCUTEM SOBRE NOVOS DESAFIOS

por Patrícia Schulz
Discutir as tendências sobre o mercado jornalístico. Esse foi o principal foco da semana acadêmica de 2011 dos cursos de comunicação social da Universidade Positivo esteve movimentada. Entre os vários trabalhos realizados, houve um bate-papo entre profissionais da comunicação. Estavam presentes na mesa a apresentadora do Paraná TV 1ª Edição, Mira Graçano, o diretor presidente da NQM, Sérgio Wesley, a editora executiva do Metro Jornal, Martha Feldens, e a coordenadora do Portal Banda B e chefe de redação da Rádio Banda B, Denise Mello. O olhar acadêmico ficou por conta do professor Luiz Witiuk.

 Todos os jornalistas que participaram da mesa concordam que o melhor caminho para se entrar no mercado de trabalho é o estágio. O jornalista Sergio que atualmente trabalha com Comunicação Corporativa Integrada comenta que em muitas empresas os estagiários são explorados, porém, tem agências sérias que tratam os estudantes de maneira digna. “A melhor maneira de aprender o jornalismo é estar na redação”.

Multitarefa
Sobre o papel de edição foi destacado que é ideal que o repórter edite sua matéria, e isto não precisa ser visto como uma alternativa para se economizar com os profissionais. Isto porque, na verdade quando o jornalista colhe as informações e edita o próprio material este tem a chance de se tornar um produto melhor.

 Segundo Denise Mello, a rádio banda B não conta com operador de mesa. É o próprio apresentador quem cuida do som. A editora do jornal Metro também comenta que na redação do impresso os próprios repórteres editam suas matérias.
A rádio web foi citada como a união perfeita entre as plataformas da comunicação, que possibilitam a interatividade entre comunicadores e público.

Impresso
O Jornal Metro que é um jornal distribuído gratuitamente em algumas cidades, como Curitiba, é produzido para um leitor ‘qualificado’, ou seja, que já tenha um conhecimento prévio. Mas o Metro se preocupa com a agilidade na informação, por isso tem em mente uma leitura rápida para aqueles que estão ‘engolidos’ pela correria do dia-a-dia e não tem muito tempo para ler. Este informativo pode ser lido em 10 minutos. A editora-chefe acredita que este é o tipo de jornal que vai sobreviver no futuro.

Televisão
A apresentadora Mira Graçano comentou que através da inclusão do bloco local nos telejornais, houve um aumento na demanda de trabalho e assim foi necessário contratar mais profissionais.
Ao ser questionada sobre como seria o melhor caminho para entrar no grupo GRPCOM, ela foi sucinta: “Faça o programa de trainee, esta é a melhor forma”. A respeito da mudança na bancada do telejornal Mira argumenta que este tema ainda divide muita opinião. “O interesse do telejornal é que este fique mais solto. Esta é uma tendência, entretanto não sabemos ainda se é melhor”, explica.  Com isso o uso do tele prompter está com os dias contados, porque é através do improviso que se busca dar um maior dinamismo ao telejornal.

Ela deixa uma valiosa dica para quem pretende seguir este campo: “A primeira coisa para ser repórter de vídeo é esquecer as críticas. Não vá para a televisão se você quer expor a sua figura. Porque as pessoas são muito críticas, reclamam do cabelo, da roupa”.
Aos futuros acadêmicos que participaram do evento ficou a mensagem de que existe muito mercado. O jornalismo vem sendo transformado pelos recursos tecnológicos, entretanto, a premissa básica do jornalismo continua a mesma: prestar serviço a comunidade. A missão continua a mesa: fazer um trabalho sério na apuração do material que será transformado em notícia, e assim contribuir para uma sociedade que tenha conhecimento e discernimento daquilo que está acontecendo na cidade, no Brasil e no mundo.

Sobre o que leva uma pessoa a aspirar pela carreira no jornalismo, o assessor Sérgio afirma estar bastante frustrado com os novos profissionais que chegam ao mercado. “Na minha época o legal era emplacar a manchete, fazer uma boa reportagem. Hoje, os jornalistas parecem querer apenas receber o salário no fim do mês. O mais importante é o que a gente faz e não o que ganha”.


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