quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O desafio de escolher o curso certo: um dilema na vida dos estudantes

                                                                                      Jaqueline Galvão

por Jaqueline Galvão / Volnei Zamboni

Indecisão, medo e insegurança são algumas das sensações que fazem parte da vida de muitos jovens na hora de escolher um curso que lhe garanta a profissão adequada.
Muitos adolescentes que estão concluindo o ensino médio e ainda não sabem exatamente qual o curso que irão escolher, tão pouco por onde começar. Muitas vezes são influenciados pelos pais, principalmente quando possuem negócio próprio ou atuam em determinada área e esperam que o filho siga o mesmo caminho por ele trilhado: se o pai é advogado consequentemente deseja que o filho opte por essa profissão, ainda que muitas vezes não tenha aptidão para exercer tal atividade.
A maioria dos estudantes conclui o ensino médio, ainda muito jovem, esse fator pode atrapalhar na escolha do curso apropriado, tendo em vista que muitas vezes não estão devidamente preparados para definir qual o rumo a seguir. Algumas escolas realizam simulados ou até mesmo o conhecido teste de aptidão vocacional, abrindo um novo leque de opções para o aluno.
Na hora de escolher o curso, o futuro acadêmico deve buscar informações, sobre a instituição que está ofertando a referida graduação, analisando a qualidade do curso ofertado pela instituição de ensino, a formação dos profissionais que estão lecionando, bem como, o mercado de trabalho.
Manter contato com os acadêmicos e com pessoas que já concluíram a graduação, para conhecer um pouco mais sobre a atividade, pode auxiliar na escolha e trazer a certeza se é isso mesmo que procura. 
Jean Henrique Bresch, 17, estudante do 3º ano do Colégio Estadual Eron Domingues, diz que desde o início do ensino médio já sabia o que queria para o futuro, sempre se dedicou aos estudos para estar preparado quando a oportunidade chegar. O aluno quer cursar direito e futuramente prestar concurso para Delegado de Polícia. “Essa é uma área com a qual me identifico e nunca fui influenciado pela família”, afirma.
Felipe André Korath, 19, pretende cursar fisioterapia e abrir sua própria clínica. O aluno comenta que teve influência dois pais, pois sua mãe já realizou alguns cursos na área. “Ela me passou uma base, me identifiquei com o curso. Amadureci a ideia e hoje eu sei que é isso que eu quero pra mim,” comenta Korath.
Jaqueline Osmarini, 17, estuda no 3º ano do Colégio Evangélico Marthin Luther e quer cursar Administração. Nas segundas, quartas e sextas estuda em período integral, para se preparar para o vestibular. “Quero passar em uma universidade pública e sei que o curso de administração é bem concorrido, assim posso ficar perto da minha família. Tive e continuo tendo muita influência dos meus pais, pois eles já trabalham no ramo empresarial,” acrescenta Jaqueline.
Tayara Marina Schwingel, 17, está no terceiro ano do ensino médio e ainda não definiu para que área vai prestar vestibular. “Já tenho uma ideia do que eu gosto, mas ainda não encontrei um curso com o qual eu me identifico, já pensei em biologia, administração e psicologia. Meus pais me ajudam dando opiniões, mas deixam que eu faça minhas escolhas”, finaliza.
 Maria Bruna Grenzel, 17, irá prestar vestibular no fim deste ano e esta dividida entre os cursos de psicologia e direito, ela diz que o pai é advogado e a influência bastante, pois quer que siga o mesmo caminho que ele. Rogério Grenzel, advogado há oito anos em Marechal, explica que sua filha está indecisa quanto a que curso fazer. “Conversei com Maria Bruna e falei que ela pode esperar um ano pra ver o que de fato ela gosta ou tentar fazer direito, assim ela vai ter um suporte e um apoio profissional já em casa, e depois pode dar continuidade aqui no escritório de advocacia, até porque a área de direito é bem abrangente,” afirma.
O Colégio Evangélico Marthin Luther de Marechal Cândido Rondon prepara os estudantes para o vestibular já no inicio do ensino médio, prestando simulados, organizando gabaritos e fazendo redação. A coordenadora pedagógica da instituição, Maria Claudete Kozerski diz que a preparação do aluno vai além das 25 horas/aula semanais. “Nós temos as aulas de monitoria, aulas de tira dúvidas que acontece ao longo do ano letivo”, conta.
Além disso, uma das principais preocupações da instituição é quanto à preparação psicoemocional do vestibulando, saber a capacidade de concentração do aluno é de extrema importância. Maria fala que não adianta trabalhar aulas de monitoria, de maneira isolada, se na hora de sentar quatro horas para fazer uma prova de vestibular o estudante não tem capacidade de concentração, isso é trabalhado ao longo dos anos também. E salienta que o aluno só esta preparado para prestar um bom vestibular e ter segurança na profissão quando ele é estimulado desde cedo.
A coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Eron Domingues, Célia Liessem Vigorena comenta que o trabalho desenvolvido na instituição para ajudar os alunos na escolha profissional começa no ensino fundamental, mas que no colégio não há uma preparação específica para o vestibular. “O que nós preparamos é cidadãos para a vida, para que exerçam sua cidadania, que saibam se comunicar, se relacionar com as pessoas, que tenha informações e propostas para intervir na sociedade” enfatiza.

 

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