quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CRÔNICA

A Mestra emburrada e os Palhaços da corte


por Aline Fernandes

Era uma vez nove aprendizes esforçados, determinados e cheios de vontade de aprender, que foram para o Palácio de estudos (pagas em dia todo o mês!). Eis que chega a mestra do conteúdo e o coração dos nove jovens mancebos estremecem. Seu nome é Doce Alva, filha de Dom Grotesco da Esquisitice e Senhora Confusão das Falhas Humanas.

A mestra logo interroga um dos jovens se haveria cumprido a missão, porém, por ironia do destino, o prazo para o cumprimento da missão acabaria somente daqui a sete dias e sete noites. O jovem, conhecido em seu reino por Vinicious Latchuquê, atordoado, alertou respeitosamente sua mestre que não teria ainda cumprido a tal missão e que havia percorrido trinta e sete léguas com seu cavalo pantaneiro para chegar e marcar território nessa disciplina.
                                                                                                                             Divulgação
Doce Alva entendeu isso como mau-senso do mancebo e não se conformou com o fato de nenhum de seus aprendizes terem cumprido a missão, sete dias e sete noites antes do prazo. Ela, no auge de sua fúria, afirma ser inútil sua presença naquela noite de estudos, que não há razão nem para ter uma conversa com a guerreira convidada para nos ensinar novos truques no fim da aula.

Então uma donzela aprendiz, chamada de Rouselay, que percorreu quarenta léguas em sua charrete, recorda a mestra que havia recebido uma pomba de recados dela, no qual, no papel amarrado em seus pés, ela dizia ser imprescindível a presença de todos os seus cento e sessenta e três jovens mancebos naquela noite de estudos, pois haveria grandes ensinamentos e a presença da guerreira. Doce Alva ignorou a indagação da donzela e todos os outros argumentos dos outros aprendizes, que estavam com os corações cheios de dúvidas e sedentos de conhecimento. A mestra decidiu voltar para os seus aposentos alegando falta de estrutura (e vontade?) de prosseguir os ensinamentos. Provavelmente teria passado o dia enfrentando dragões e salvando o reino de gigantes mau-intencionados. Antes, ressaltou que eles até poderiam levar o ocorrido ao conhecimento do Rei, pois sabia que de nada adiantaria, já que ela jogou um feitiço para que o Rei faça todas as suas vontades, sem argumentações.
                                                                                                                             Divulgação
Após a sua retirada triunfal, os aprendizes estavam confusos com tamanho desmerecimento e deslealdade do Palácio de Estudos - FACÚ. Após um longo debate, duelos e quatro aprendizes mortos na fogueira, os mancebos restantes decidiram se reunir com os cavaleiros da Távola Redonda, pois o Rei do Palácio não ousa tomar nenhuma atitude contra hábitos frequentes de Doce Alva. A intenção era falar com a Duquesa Cleonildosana, mas estava indisponível em uma reunião secreta com membros da corte e massônicos.

Então, eis que surge a Baronesa Matildaila, a serviçal pessoal do Rei. Ela os indagandou sobre o interesse com a Duquesa e o aprendiz Giovanéz relatou toda a prosa com a mestra. Para o ataque contra Doce Alva surtir mais efeitos, outra donzela, a Senhorita Jackcquelaine Galvanéz, do reino a trinta e três léguas de distância, alertou sobre seus poderes psíquicos em formar opiniões contrárias ao Palácio entre toda a sociedade, seja plebéia ou real.

A Baronesa encaminhou ao Rei, que possivelmente em três dias e três noites, trará a resposta das indiguinações. Ou não! E todos viveram se fudendo, até chegar o dia em que ganharão o título de Comunicador Real do Reino.

Saiba Mais
PeitchOlA-chan (trovadorista, romancista, escritora, metida a atora e a sátira de comunicadora)

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